Sunday, October 21, 2007

E Deus foi um astronauta






As imagens eram de momentos, acontecimentos dignos de registo que nos deixam boquiabertos, que aceleram as pulsações. Um vulcão, uma missão espacial, uma explosão, um macaco que abraça um menino.

O som era envolvente, prendia na perfeição do jogo com as figuras em movimento, deixando-nos desarmados, entregues, incrédulos.

Os God is an Astronaut são irlandeses. Apareceram em 2002 quando lançaram “The End Of The Beginning” pela própria editora. Já tinham estado por cá com “All Is Violent, All Is Bright”, o álbum de 2005 e também com o EP de 2006. Na sexta-feira, no Santiago Alquimista, regressaram a Portugal com o novo “Far From Refugee” que lançaram em Abril deste ano, e que faz deles uma das melhores bandas de post-rock da actualidade. Ao vivo, não podiam passar com mais distinção no teste: são músicos geniais e eu não podia estar mais embevecida, apaixonada.

Lloyd Hanney, o baterista, toca de auscultadores e marca o compasso que faz com que tudo saia perfeito: som e imagem. Explosões que não acontecem por acaso, tudo é pensado ao pormenor. Niels Kinsella é um baixista irrepreensível, o que para quem tem ou já teve uma banda (especialmente em Portugal) é de elevado valor. Também é ele que dá as ordens no Macbook pro (desculpem se há algum erro na designação desta pérola da tecnologia), o que faz de si o responsável pelos visuals. Mas quando olhamos para o lado e vemos Torsten Kinsella, com os seus mil pedais, ora na guitarra ora no sintetizador, percebemos porque é que esta banda não precisa de mais guitarristas nem de mais nada, três, é mesmo a conta que Deus fez.

E na sexta, junto ao Miradouro de Santa Luzia, Ele, foi mesmo Um Astronauta.

Para quem não acreditar, é ver com os próprios olhos:



Aos que gostarem aconselho: Explosions in the Sky (os Reis); Do Make Say Think; This Will Destroy You ou Mogwai (que aposto que muitos já conhecem).

Saturday, October 06, 2007

Mas que noite...



Os mais chegados bem sabem o quanto me tenho queixado da noite em Lisboa: que é sempre os mesmos sítios, que é sempre a mesma coisa... Bem, há já algum tempo que eu ando a viver um bocado para os eventos, só espero divertir-me quando vem cá uma banda ou um dj que eu conheço e já sei que presta.

Para aqueles que como eu andam à caça de eventos decentes, gostava só de dizer-vos - especial atenção pessoal do electro - que ontem no Souk, mesmo ao pé do Adamastor e do "bar do João Pedro", passou-se uma noite "daquelas"... POWER BAILARICO mesmo! Há muito tempo que não via nada assim.

Ao que parece, o Tiago e o Fábio já tinham feito destas, mas eu ainda não tinha tido oportunidade de aparecer. Para quem gosta de rock, stoner, electro - o da moda e o mais antigo (hahaha) - entre outros géneros que constam da minha lista, aconselho a não perder o próximo set. Ele foi The Faint, Justice, Mstrkrft, Devo, Modest Mouse, Motorhead, QOTSA, Arctic Monkeys, M.I.A., Panico... Tudo o que eu podia pedir e mais (tipo Vengaboys - not joking). Parece uma grande salganhada mas elas calham todas bem e no momento certo. Foi a minha despedida da boa vida - a de estudante (baldas).

De vez em quando, era mesmo o que eu andava a pedir!

Quando souber da próxima farei convites.


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Quanto basta para que a um sítio chamemos casa?

A que desenhamos com chaminés e antenas maiores que os telhados na escola primária, é aquela onde os nossos pais esperam por nós. Mas casa, descobri, é um qualquer sítio onde nos sintamos assim – em casa.

Uma cidade com memórias escondidas a cada esquina e onde um dia fomos muito felizes e infelizes – uma cidade onde vivemos; Um sítio desconhecido onde “alguém” nos espera; “Aquela” Lagoa onde aprendemos a nadar…

Porque o que faz uma casa são mais que paredes: são sentimentos.